Uma novela interativa inspirada por tramas de detetives noir, Night Call coloca o jogador no controle de um taxista envolvido na investigação de um assassino em série. Com o tempo limitado de cada noite, o taxista deve encontrar pistas que ajudem a descobrir a identidade do assassino, ao mesmo tempo em que faz corridas lucrativas o suficiente para não perder seu emprego. Os dois objetivos conflitantes podem receber maior ou menor atenção dependendo do nível de dificuldade escolhido, algo extremamente positivo considerando que o aspecto mais interessante do jogo é seu conjunto de passageiros. Cada passageiro possui uma estória própria, que ajude a compreender a diversidade da vida humana e faz com que o jogador realize um exercício constante de empatia, ao escolher ajudar ou não quem precisa de uma carona, um conselho ou apenas um ouvido amigo. Que todas essas estórias sejam inspiradas por narrativas reais só contribui mais para como o jogo inclui com sensibilidade questões políticas, religiosas e culturais, em uma representação atenta da vida humana em seus grandes e pequenos problemas. Apesar de todo mérito, a jogabilidade baseada em escolhas de diálogo faz com que o jogo esteja próximo de uma experiência literária, o que não irá agradar jogadores que buscam mais interatividade. Além disso, para o lançamento Night Call está disponível apenas em inglês e francês, o que exige proficiência em uma das duas línguas. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-night-call/
Picnic Panic é uma DLC para The Messenger que dá um bom motivo para quem já terminou o jogo voltar a se aventurar na companhia do ninja, já que existem três grandes áreas para explorar, três novos mestres e mais dez salas de desafio que colocam em uso todas as habilidade do jogo principal. A DLC funciona também como uma extensão narrativa, já que amplia questões do jogo base ao mesmo tempo em que aponta para o desenvolvimento futuro de uma sequência, ainda não confirmada. Esse pode ser também o bom momento para novos jogadores conhecerem um dos grandes clássicos contemporâneos dos videogames, já que como Picnic Panic é uma adição gratuita, o preço do jogo corresponde à aquisição de ainda mais conteúdo. No entanto, é preciso apontar que, que ao experimentar com a jogabilidade e criar mais referências a jogos retrô, Picnic Panic acaba dando menos espaço para mestres que estejam alinhados com a lógica de ação e plataforma de The Messenger. Isso significa que, apesar de ser uma expansão divertida e desafiadora, o combate final oferecido pela DLC pode ser decepcionante. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-the-messenger-picnic-panic/
Embora não traga inovações ao gênero, Blazing Chrome cumpre exatamente aquilo que promete, ao entregar um jogo que, caso fosse lançado na década de 1990, seria lembrado como um dos maiores clássicos da ação. Com inimigos gigantescos e ação desenfreada, Blazing Chrome homenageia clássicos dos fliperamas como Contra e Metal Slug. Contudo, para além de um modo clássico, que simula as tentativas compradas com moedas e fichas, os diversos modo de jogo e a possibilidade de jogar sozinho ou de forma cooperativa ajudam a dar variação ao título, que promete muitas horas de diversão para fãs de jogos retrô. Junte a isso uma curva de dificuldade exigente e rankings mundiais e não faltam motivos para retornar ao jogo muito depois que os créditos já rolaram na tela. É sempre um prazer ver um jogo tão polido e responsivo; a felicidade é ainda maior quando o jogo é produzido por um estúdio brasileiro. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-blazing-chrome/
Experiência e níveis, centenas de armas, dúzias de poderes especiais, dezenas de inimigos com drops únicos de itens. A variedade de Bloodstained: Ritual of the Night é tanto uma força quanto uma fraqueza do jogo, já que ao mesmo tempo em que oferece muito espaço para descoberta e experimentação, o equipamento é desnivelado ao ponto de que boa parte das opções se torna inútil. Além disso, o combate do jogo inclui inimigos que não são interrompidos por ataques e um sistema de esquiva travado, o que torna a ação pouco fluida. Embora ofereça uma experiência geral divertida, Bloodstained: Ritual of the Night reproduz falhas de gerações anteriores de videogames, na tentativa de capturar a fórmula exata dos títulos de Castlevania com elementos de RPG. A nostalgia, nesse caso, pode ser suficiente para ignorar os anacronismos, mas para quem procura um metroidvania fluido e polido, essa não é a melhor opção no mercado. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-bloodstained-ritual-of-the-night/
Com uma jogabilidade acessível, mas difícil de dominar, My Friend Pedro: Blood, Bullets and Bananas se inspira na experiência dos arcades para criar um jogo que pode ser tão casual ou competitivo quanto o jogador deseje. Isso significa que é possível jogar de forma despreocupada, apenas aproveitando a beleza poética com que a violência se materializa no jogo; ou então prestar atenção na forma como a pontuação se multiplica a cada morte, de modo a conquistar um espaço no topo dos rankings mundiais de cada fase. Seja lá como se escolha jogar, My Friend Pedro oferece a melhor simulação de heróis de ação que já surgiu em um videogame, com um protagonista que pula através de vidraças, atira dependurado em cordas e usa objetos inusitados, como frigideiras, para rebater balas em direção a inimigos desavisados. Junte a isso a habilidade de diminuir a velocidade do tempo e dar piruetas para desviar de balas e cada segundo de My Friend Pedro se torna cinematográfico. É, sem dúvida, um título imperdível para qualquer fã de ação, além de uma das experiências de videogame mais polidas desse ano. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-my-friend-pedro/
O novo jogo da Red Thread Games segue a tradição de colocar a narrativa acima da jogabilidade, já que Draugen oferece pouca interação e se apresenta de forma linear ao jogador. Com uma média de três a quatro horas de jogo, isso pode afastar muitos jogadores em potencial. Contudo, apesar de não ser tão interativo quanto outros títulos similares, Draugen ainda assim possui uma trama interessante, capaz de prender a atenção de fãs de mistérios e investigações. Sua preocupação em tratar do passado como uma forma de assombrar os vivos é também algo que torna a narrativa mais relevante. De forma geral, então, Draugen não é o título que conseguirá atrair jogadores que não se importam muito com novelas interativas e simuladores de caminhada; porém, para quem já aprecia jogos nesse estilo, essa é mais uma estória interessante que está disponível. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-draugen/
O mais novo título do catálogo Devolver Digital é um simulador de negócios que transporta o jogador para o universo da produção e venda da maconha. Preocupado em representar as questões econômicas, políticas e morais do problemas, o estúdio responsável pelo jogo, Vile Monarch, se apropriou de estudos sobre a situação real do processo de legalização nos Estados Unidos, o que fez com que todos suas mecânicas fossem desenvolvidas para mostrar todos os processos desse mercado bilionário. É assim que o jogador pode optar pela legalidade ou ilegalidade, tendo que determinar as condições de produção, espécies e efeitos pretendidos, estratégias de venda, funcionários, campanhas de marketing, controle de vigilância policial e até mesmo a influência de deputados na aprovação de leis que favoreçam seu negócio (ou pelo menos prejudiquem a concorrência). Com troca de favores, suborno, chantagem e licenças médicas, Weedcraft Inc oferece uma experiência complexa e desafiadora, que não só é um excelente tycoon mas serve também para ilustrar como os rumos do tráfico são afetados por ações políticas e publicitárias, feitas sob medida por quem realmente controla o mercado, ao invés de quem vende a droga na esquina. ------------------------------------------------------------------ Para ler a resenha completa, acesse: https://falange.net/critica-weedcraft-inc/
No controle de um gorila em fúria, Ape Out convida os jogadores a participarem de uma experiência caótica, explosiva e extremamente divertida, em que som e fúria trabalham lado a lado em fases com elementos randomizados, potencial de diversão praticamente ilimitado e muito jazz. Ainda que seja especialmente direcionado para os jogadores que apreciam o formato de arcade, com rankings, pontuações e uma mesma mecânica simples repetida em todos os níveis, Ape Out é tão diferente de tudo o que já foi produzido em videogames que vale a pena experimentar mesmo se esses elementos normalmente não agradam. Os gráficos com cores chapadas e a trilha sonora que se adapta a cada morte servem de incentivos constantes para que o jogador mergulhe em um universo de violência símia, criando catarse a partir da destruição desenfreada de um exército de homens armados. Ape Out é o levante definitivo da ira animal contra a dominação humana, na forma de um primata implacável, e cada segundo do jogo é fascinante. ------------------------------------------------------------------ Para ler a resenha completa, acesse: https://falange.net/resenha-ape-out/
Pikuniku é o novo jogo com o selo Devolver Digital, com visuais coloridos e criaturas sem braços que precisam se unir para resistir aos planos nefastos de um magnata dos negócios. Além de uma mistura pouco usual de imagens relacionadas a desenhos animados com temas adultos, o jogo contém elementos de puzzle, plataforma e aventura, com diversos minigames que ajudam a dar variedade para a jogabilidade. Há ainda um cooperativo local com uma sequência de fases feitas sob medida para que dois jogadores riam juntos dos movimentos desengonçados de suas personagens. Por mais que seja leve, engraçado e acessível, Pikuniku é uma experiência memorável que já se destaca ainda mais pela falta de grandes lançamentos indie em janeiro. ------------------------------------------------------------------ Para ler a resenha completa, acesse: https://falange.net/resenha-pikuniku/
Feudal Alloy é um metroidvania que procura se destacar de outro inúmeros títulos do mesmo gênero a partir de um cenário medieval inusitado, em que todas as personagens são robôs controlados por peixes. Entretanto, embora seja uma ideia divertida, o conceito nunca chega a ser relevante para o jogo, que não conta com nenhuma narrativa além de duas breves cenas de abertura e conclusão. Feudal Alloy nunca chega a discutir e sua versão medieval-steampunk nem mesmo se assemelha de forma suficiente aos elementos reconhecidos como medievais, já que todos os inimigos são robôs genéricos e as localizações não possuem personalidade suficiente para se diferenciar umas das outras. A repetição ainda é uma característica da jogabilidade, e não apenas dos cenários, já que além de todas as salas serem construídas com recursos similares, os mesmos inimigos também são repetidos ao longo de toda a aventura, apenas mudando de cor e de tamanho para indicar versões mais poderosas. O sistema de melhorias da personagem também inclui apenas habilidades que ou são básicas em um metroidvania ou são ao mesmo tempo básicas e subutilizadas, com um sistema de navegação e combate que praticamente nunca muda. Se por um lado isso desestimula a exploração, por outro impede que o jogador perca muito tempo procurando salas secretas, todas capazes apenas de oferecer dinheiro (que logo deixa de ser útil) ou novas peças para o robô (que logo se tornam repetitivas em seus status e não são mais úteis de coletar). Para piorar, apesar da promessa de combates épicos, Feudal Alloy conta apenas com dois mestres ao longo do jogo, um número insuficiente par preencher os grandes trajetos praticamente idênticos que se estendem da primeira sala do jogo até a última. ------------------------------------------------------------------ Para ler a resenha completa, acesse: https://falange.net/resenha-feudal-alloy/