Tudo o que Felix The Reaper tem de charme lhe falta em coesão e capacidade de engajar os jogadores. Não há como discutir que o jogo possui um visual único, em que o bom humor e o macabro se unem em um espetáculo de dança, onde o protagonista se beneficia da captura de movimentos para criar animações fluidas. Nada disso salva Felix The Reaper de uma jogabilidade monótona e repetitiva, com pouca variação de fases e um estilo de quebra-cabeças que permite uma única solução por fase. As escolhas artísticas também entram em conflito frequente com a jogabilidade, já que as fases nem sempre oferecem a clareza de visão para que o jogador planeje as ações necessárias para concluir cada desafio. Além disso, cada fase também incentiva um único estilo de jogabilidade, perfeccionista e acelerado, de modo a premiar os jogadores que não tomam o tempo necessário para se sentirem imersos na narrativa. Junte a isso uma narrativa decepcionante e uma trilha sonora medíocre e Felix The Reaper é um grande exemplo de potencial desperdiçado. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-felix-the-reaper/
Lançado para computadores e para todos os consoles da atual geração, Trine 4: The Nightmare Prince é um retorno muito bem vindo da franquia Trine à movimentação lateral, depois de uma experiência falha com o 3D. Com a maior campanha de um jogo Trine até o momento, o jogo oferece fases gigantescas cheias de segredos para se descobrir, cada uma com uma temática própria refletida pela excelente direção de arte. A progressão de Trine 4: The Nightmare Prince não foge à fórmula criada em 2009, com três heróis medievais controlados por um ou mais jogadores de modo a ultrapassar obstáculos com o uso de suas habilidades únicas. A falta de inovação, no entanto, não diminui a qualidade do jogo, já que todas as mecânicas foram polidas para criar o jogo mais coeso, instigante e desafiador da franquia. Essa é uma adição essencial para os fãs de puzzle-plataformas, principalmente por oferecer uma das melhores experiências cooperativas do gênero. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-trine-4-the-nightmare-prince/
Basphemous é um novo metroidvania feito para quem busca grandes desafios, com mestres gigantescos e um sistema de combate que exige que o jogador aprenda com seus próprios erros. A narrativa única mistura fantasia medieval com tradição cristã, de modo a criar inimigos e cenários cheios de referência à cultura do martírio e às práticas grotescas da Santa Inquisição, tudo com uma arte pixelada que dá vida às imagens brutais, e uma excelente direção de som. Em termos de jogabilidade, no entanto, Blasphemous nunca consegue se destacar. Com uma única arma do início ao fim do jogo, todos os efeitos passivos que dependem de itens diversos são secundários para a vitória, e boa parte do equipamento pode ser ignorada. Além disso, o jogo tem dificuldade em balancear o desafio de algumas seções, de modo que a exploração é desestimulada por algumas escolhas de design, quando deveria ser essencial em um jogo inspirado tanto por metroidvanias quanto pela franquia Souls. De modo geral, então, Blasphemous é um bom jogo, que nunca consegue se tornar tão marcante quanto poderia ser pelo incômodo causado por algumas escolhas de design. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-blasphemous/
Creature In The Well subverte a fórmula da exploração de masmorras ao transformar seus cenários em grandes máquinas de pinball, que o jogador deve acertar com orbes de energia que carrega e rebate com suas armas. É dessa forma que a mistura única dos dois estilos de jogo resulta em uma experiência que ainda possui ação frenética, mas que exige também precisão e antecipação de como os orbes irão rebater nos obstáculos de cada cenário. Apesar de diversas armadilhas e tipos específicos de botão, Creature In The Well se torna repetitivo ao longo de suas cinco horas médias de duração, já que a jogabilidade básica não sofre variações significativas e o jogador se vê enfrentando desafios que são muito similares. Há armas especiais escondidas no jogo, que possuem efeitos únicos que ajudam a amenizar o problema, mas ainda assim a premissa única de Creature In The Well nunca parece ser suficientemente desenvolvida. O custo relativamente baixo e a excelente direção de arte, no entanto, acrescentam muito valor ao título, que não deixa de ser um bom lançamento, apesar dos problemas. ------------------------------------------------------------------ Para ler a resenha completa, acesse: https://falange.net/critica-creature-in-the-well/
Apesar de poder ser jogado por um único jogador, Knights and Bikes ganha força no modo cooperativo, já que os controles simples e objetivos claros são acessíveis para toda a família. Sem nunca exigir grande proficiência dos jogadores, esse é um jogo focado na narrativa e na direção de arte, com cenários pintados à mão e uma estória de amadurecimento e descoberta repleta de fantasia. A jogabilidade não parece ter sido suficientemente polida, já que os sistemas de loja e inventário são confusos; não há um mapa e os diferentes planos do cenário muitas vezes atrapalham a visibilidade. Além disso, a falta de trilha sonora em boa parte do jogo prejudica a imersão. Nada disso diminui o impacto dramático da narrativa, capaz de evocar o melhor do espírito de 1980, com suas estórias mágicas de crianças salvando o mundo. Contudo, esses pequenos problemas significam que o jogo irá exigir paciência algumas vezes, principalmente de jogadores mais experientes e acostumados com outros títulos. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-knights-and-bikes/
Children of Morta dá ao jogador o controle de uma família destinada a combater uma força maligna, com seus personagens jogáveis que possuem árvores de habilidades próprias e um estilo de combate único. Isso, no entanto, não é suficiente para tornar as fases do jogo mais interessantes, já que os cenários são genéricos e os inimigos quase nunca possuem habilidades interessantes. Além disso, a vitória depende da compra de upgrades permanentes, já que o jogo não recompensa a habilidade do jogador, o que significa que as diferenças de cada personagem jogável são frequentemente ignoradas em prol da mesma estratégia de combate. Nada disso diminui a qualidade do roteiro, principalmente porque em vez de seguir a jornada clássica do herói, Children of Morta apresenta um elenco variado de personagens interessantes que possuem seus próprios arcos narrativos. Entretanto, mesmo a arte pixelada parece desperdiçada, quando o jogador é lançado em fases monótonas, com pouca variação de inimigos que são repetidos às centenas em algumas poucas fases. Quem procura uma aventura com grande foco em narrativa irá se emocionar com a jornada dos Bergson, capaz de ser concluída em pouco mais de 10 horas. Apesar disso, os jogadores que esperam um roguelite com alto fator replay irão se deparar com uma jogabilidade pouco estimulante. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-children-of-morta/
Um party game perfeito para jogar com um grupo de amigos, Heave Ho une um simulador de física de alta precisão, personagens caricatos e controles desengonçados para criar partidas caóticas e extremamente divertidas. As fases são variadas de forma a introduzir novos desafios sem que os controles básicos sejam modificados, o que faz com que Heave Ho seja um jogo fácil de iniciar por jogadores de diferentes níveis de habilidade, a qualquer momento. Ao mesmo tempo, a dificuldade dos desafios faz com que os jogadores precisem trabalhar em conjunto para chegar ao fim das fases e coletar itens especiais espalhados pelo cenário. Junte a isso minigames, eventos aleatórios e fantasias divertidas para mudar o visual das suas personagens e Heave Ho se torna a opção perfeita para reunir amigos em torno de uma tela, de forma casual e com diversão garantida. A ausência de multiplayer online, no entanto, faz com que o jogo possa ser aproveitado apenas de um único sofá, o que deve ser considerado por jogadores que pretendam adquirir o título. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-heave-ho/
Disponível para computadores, DARQ segue a tradição de puzzle-plataformas iniciada por Limbo ao oferecer uma aventura narrativa abstrata, tensa e cheia de quebra-cabeças inteligentes. Todavia, ao invés de apenas copiar uma fórmula de sucesso, DARQ inova ao remover por completo a habilidade de saltar de seu protagonista, que precisa caminhar por paredes e outras superfícies lisas para mudar a perspectiva de cada cenário e chegar a locais antes inacessíveis. As fases de DARQ não exigem mais que quinze ou vinte minutos para serem concluídas, o que faz com que o jogo seja terminado em menos de duas horas. Entretanto, cada seção introduz algo novo em relação à jogabilidade, além de utilizar a composição visual e sonora para criar ambientes angustiantes, que permanecem com o jogador muito tempo depois da estória chegar a seu fim. Não existem muitos motivos para retornar ao jogo depois de terminá-lo, algo compartilhado pela maioria de jogos similares; apesar disso, DARQ oferece uma experiência genuinamente única, com um contexto sombrio e surrealista que certamente irá agradar aos fãs de jogos como Limbo, Inside e Little Nightmares. ------------------------------------------------------------------ Para ler a resenha completa, acesse: https://falange.net/critica-darq/
A premissa de The Church in the Darkness chama atenção ao propor uma jornada por misterioso culto, capaz de seduzir centenas de pessoas, dispostas a deixarem seu lar para se unirem a uma comunidade no meio de uma floresta tropical. Contudo, a promessa do jogo de que existem várias razões possíveis por trás do culto, variáveis de acordo com as escolhas do jogador, não é concretizada de forma satisfatória. Isso porque não há qualquer mudança de jogabilidade a cada nova partida de The Church in The Darkness, que leva de meia hora a uma hora do início ao fim. Além disso, toda mudança nos propósitos do culto não passa de uma variação entre a crença na revolução armada ou no pacifismo, enquanto as origens cristãs e comunistas da comunidade permanecem constantes. Sem muito o que ver, então, é possível perder rapidamente o interessante pelo jogo, já que o mesmo conjunto de narrações, documentos e ambientes estão disponíveis em todas as partidas. Mesmo a escolha de apostar em conflito direto ou furtividade não é suficiente para tornar a jogabilidade engajante, já que a inteligência unidimensional dos inimigos logo deixa de representar um desafio, mesmo em dificuldades mais elevadas, principalmente quando o jogador se habitua à geografia local. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-the-church-in-the-darkness/
Ao convidar o jogador a mudar o eixo de gravidade a partir da movimentação de uma personagem pelo cenário, Etherborn transforma a percepção humana em um dos elementos manipulados pela jogabilidade. Isso porque, por mais óbvio que seja o destino em cada fase, é difícil se acostumar com as mudanças, que mudam a direção dos abismos em que se pode cair, e das plataformas sobre as quais se pode saltar. O conceito central, muito bem implementado, é acompanhado de uma direção de arte preocupada em acolher o jogador, para tornar a exploração agradável, algo essencial em um jogo que exige observação atenta para revelar seus segredos. O maior problema de Etherborn, então, é que o jogo acaba cedo demais; por mais que exista um modo avançado de completar cada uma das quatro fases, ainda assim não há a introdução de elementos novos, que possam ajudar a criar variedade e transformar o jogo em uma experiência mais memorável. ------------------------------------------------------------------ Para ler a crítica completa, acesse: https://falange.net/critica-etherborn/